segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Words are violence


"Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand
Oh my little girl"


Os ouvidos não poderíam ter pálpebras, porque ao menos um de nossos sentidos necessita ser constante. Uma questão de sobrevivência.
Existem palavras que gostaríamos de não ter ouvido. Se apenas ouvissemos o que nos agrada e pudessemos filtrar todas as outras palavras inconvenientes, assim o faríamos. E assim nos mergulharíamos na fraqueza. Portanto, essa é uma das "armas" da natureza contra a tolice humana. Somos incapazes de bloquear os ouvidos e os pensamentos.
É curioso também como mesmo as coisas das quais já sabemos, dentro de nossa mente, podem nos incomodar quando alcançam nossos ouvidos.
No entanto, a palavra é bruta e só faz sentido aos pedaços, enquanto é digerida. Não se pode obedecer ao primeiro impulso, fazer tudo ao acaso, é preciso digerir pouco a pouco, com eficiência.
A verdade nem sempre está no que é ouvido, mas no que está por trás disso. Até a mais pífia mentira tem algo de real a nos dizer, mesmo que seja em seu sentido oposto.
Intrísecos membros do movimento padrão social, as pessoas estão desesperadas por falar e na incapacidade de bloquearem-se auditivamente, tentam transformar as palavras em triviais. O valor das palavras não está na frequência, ou na quantidade, mas nas razões subentendidas que as formulam.

Os ouvidos não são outra coisa senão uma das principais fontes de tudo o que é real da maneira mais relativa.