quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Boneca de Plástico
Shophie pôs fé em aberrações de sua espécie.
Em meio a tantas vivências e tantas certezas adquiridas (e derrubadas no dia à dia), a que mais se fazia presente naquele exato momento era da força da natureza egoísta que há nela e em toda humanidade.
_ Muito mais próximos do que parece estão meus dias de aprovação.Torturo-me buscando por soluções, remédios. Para essa agonia que me persegue não existe cura. Falam-me a respeito de descer do palco. A morte é senão um sonho, eu sei..
Todas as bonecas estão pretendendo ir embora, magoadas por falta de uso.
Todas quebradas e tortas caminham para fora do jogo insignificante.
A moralidade encena nos palcos do pecado a forma mais fácil de sair ou a forma mais fácil de entrar.
No atraso não existe plenitude;
Vamos deixar o medo lá fora
e acreditar que em nossos corpos famintos só o desejo mora.
Lugar onde a individualidade se torna obsoleta, por não ter pra quem
mentir, ou fingir.
Juventude é uma coisa que não durará.
Minha fé nesse mundo
É uma garrafa de nada
Quatro minutos mais tarde, ela se sentia uma completa idiota.
Ou uma boneca de plástico incrivelmente estúpida.
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Queria saber o que dura nesse plano, e se durar é relativo, tédio...
ResponderExcluiré super interessante essa noção de transformação, ou até mesmo de ambiguidade.
certo desprezo pelos que desprezam o 'indisprezável', desprezo à indiferença, talvez tenha entendido mal o que vc quiz dizer, mas vale o que entendi, pelomenos saio daqui com algo a mais!!
por isso sempre volto.
Esses questionamentos atingem o cerne de nossa alma. Ainda mais quando são idealizados dessa forma angustiadamente poética.
ResponderExcluirEgoísmo, egocentrismo, individualismo.
ResponderExcluirNão consigo raciocinar de maneira exata frente a tantas falhas humanas, mas estes três estados naturais do ser humano estão entre as características próprias contra as quais mais temos que lutar ao longo dos tempos.
E sobre a metaforisação do espelho, existe uma passagem completamente enigmática na música "H." do TOOL que diz:
"What's comming through is alive
What's holding up is a mirror".
Já me despertou profundas reflexões.
volto outra vez pra dizer que tem um selo pra você em meu blog!
ResponderExcluirps.: ansioso pelo próximo post!
"o desassossego sempre foi um dos melhores amigos da inspiração" Adorei o seu comentário, e concordo plenamente. Penso que escrevê-los é uma tentatiza de exorcita-los de nossa alma. Será que conseguimos?
ResponderExcluirAdorei seu blog, seu texto está ótimo!
Há nestas palavras tal contundência, "angústica" despedida e ao mesmo tempo, procura e retorno, que talvez seja impossível definir, apenas respirar mais em mais, antes que sejamos também, apenas bonecos de plásticos.
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